« La corrida ça ne donne pas de voix ». Si seulement les politiques français finissaient par s’en rendre compte et évoluaient comme l’a fait l’actuel Premier ministre du Portugal…

L’association portugaise Animal a consacré un message sur sa page Facebook à la position d’António Costa sur la corrida, avant et après sa nomination comme Premier ministre.

« Dans le passé, j’ai assisté à des corridas à Campo Pequeno et, bien que je sois resté discret à ce sujet, j’avoue n’avoir jamais rejeté les invitations. Je pourrais prétendre que cela faisait partie de mes obligations en tant que maire, mais, nous le savons bien, cela n’est pas une excuse » a-t-il déclaré. Désormais, précise l’association, le Premier ministre se décrit en disant que non seulement il n’est pas un aficionado, mais qu’il n’a aucune attirance pour ce type de spectacle.

Rita Silva, présidente de l’association Animal, salue l’évolution d’António Costa et conclut qu’il est « de plus en plus impopulaire d’être en faveur des corridas. Les membres de la classe politique qui disent avoir des valeurs de modernité et d’éthique prennent soin de montrer leurs distances par rapport à ces pratiques aussi controversées que dépassées ». Elle souligne que plus personne n’a envie d’être associé à un « divertissement cruel et insensé ».

« Une telle évolution montre un esprit d’ouverture qui ne peut être que bon », ajoute-t-elle. Mais le plus important à ses yeux est que « cette avancée civilisationnelle est de plus en plus largement partagée ».

« Il n’y a rien de bien à aimer la corrida, ce n’est pas populaire, cela ne donne pas de voix, c’est rétrograde et laid. Alors, avançons », conclut-elle.

Source : Politica ao minuto
Adaptation en français : Roger Lahana, avec l’aide de Rita Silva.
Rita Silva est membre d’honneur de No Corrida.

portugal
As touradas e a política: "Ser-se aficionado não é popular, não dá votos"

As touradas e a política: “Ser-se aficionado não é popular, não dá votos”

A associação Animal, defensora dos direitos dos animais, saúda “afastamento pessoal” de António Costa das touradas.

A associação Animal dedicou um post na sua página de Facebook à posição de António Costa sobre as touradas, antes e depois de se ter tornado primeiro-ministro.

“No passado, (…) assistia a touradas no Campo Pequeno e embora sempre tenha sido muito discreto a respeito, não nos parece que alguma vez tenha rejeitado os ditos convites. Poder-se-á dizer que eram obrigações que tinha como autarca, mas, como bem sabemos, isso não é uma desculpa” , lê-se na publicação.

No presente, continua a associação, o primeiro-ministro “puxa ele próprio o assunto a título de exemplo sobre a autonomia das autarquias, e refere que não só não é aficionado, mas que também não aprecia o espectáculo”.

Analisando os dois factos, a Animal vê com bons olhos o atual António Costa e conclui que é “cada vez mais impopular ser a favor das touradas”.”Membros da classe política que dizem pautar-se por valores de modernidade e evolução ética já têm o cuidado de (mesmo que não o sintam assim) de se posicionarem longe de um espectáculo tão polémico e obsoleto”, considera a Animal, frisando que ninguém quer ficar associado a uma atividade de “entretenimento cruel e sem significado”.

“Associado a este afastamento ‘pessoal’ vem um discurso de tolerância que fica sempre bem”, assinala ainda a publicação. Contudo, o que mais importa para a associação é “mesmo o avanço civilizacional que cada vez se nota mais”

“Não é ‘fixe’ ser-se aficionado, não é popular, não dá votos. Pelo contrário, é retrógrado e feio. Avançamos”, lê-se por fim.

Origem : Noticias ao Minuto